Sentada no sofá de casa, olhando velhos retratos e cismando com o tempo e com a fotografia. Uma foto antiga sempre me pareceu uma janela aberta no tempo e no espaço. As frases tentam explicar minha vertigem quando olho por essa janela; por isso as palavras saltam entre o agora e o antes, o aqui e o lá. Eu gostaria que essas janelas fossem portas, mas ainda me parecem janelas por onde eu tento passar e de certa forma passo, embora não completamente, não satisfatoriamente. Todos os trabalhos que fiz em torno disso me trouxeram uma sensação peculiar de frustação e de encantamento com o processo.